Conclusões do Colóquio “A importância dos serviços meteorológicos e geofísicos nacionais – Parte II”

COLOQUIO_1A APMG considera como muito importante a realização do Colóquio de 17 de Maio que proporcionou um espaço de debate aberto obviamente necessário e em falta, permitindo uma abrangente e construtiva troca de opiniões sobre a situação e o futuro da Meteorologia em Portugal. O colóquio contou com a animada, preocupada e interventiva participação de cerca de 40 pessoas, a maioria das quais provenientes do IPMA e aposentados do ex-IM (excepção das participações da FCUL, MDN e GPP). A APMG considera estranha a ausência dos chefes de divisão do IPMA e também de qualquer participante da geofísica do IPMA.

Após as palavras iniciais do Presidente da APMG, do Presidente do IPMA e do moderador, iniciou-se o debate, com muitas intervenções exprimindo diversos pontos de vista essencialmente sobre a problemática enfrentada actualmente nos vários sectores da meteorologia enquadrados no IPMA.

Sobre a questão do enquadramento da meteorologia em Portugal manifestaram-se também opiniões diversas, algumas mostrando os aspectos negativos da situação actual e outras expressando a ideia de que a questão do enquadramento não seria relevante, sendo mais importante a disponibilidade de meios e a vontade de trabalhar.

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Das numerosas e diversificadas intervenções no colóquio, pode concluir-se que se estabeleceram claros consensos sobre os seguintes aspectos:

1. Necessidade da existência da investigação e de programas operacionais em contínua interligação, devendo as necessidades do sector operacional ser inseridas nas actividades de investigação e promovendo-se a implementação dos resultados de investigação na actividade operacional.

2. A imprescindibilidade da existência de uma carreira específica de meteorologia que depois da formação adequada seja iniciada por estágios de formação profissional complementar, para meteorologistas e para observadores meteorológicos, sem os quais não poderão ser credenciados os respetivos títulos profissionais de meteorologista e de técnicos de meteorologia.

3. A necessidade da formação contínua de meteorologistas e técnicos de meteorologia, para o que é necessário que existam condições para especialização científico-técnica e estabilidade.

4. A necessidade de se pensar, de forma aberta e participada, num plano estratégico para a meteorologia a médio/longo prazo.